Cuidados com o Períneo

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A Fisioterapia Pélvica (Reabilitação Pélvica) é uma área de atuação de grande importância no tratamento conservador das disfunções do Assoalho Pélvico, que se apresenta em grande ascensão, tendo como proposta terapêutica principal, a melhora da qualidade de vida.

É indicada no tratamento da incontinência urinária (Crianças, homens e mulheres), da incontinência urinária após a cirurgia de prostatectomia radical (retirada da próstata), da incontinência fecal, nas disfunções sexuais femininas ( dor na relação sexual, flacidez vaginal, vaginismo), no pré e pós cirúrgico vaginal, para a prevenção da incontinência urinária…

Informações importantes:

Dispareunia (dor durante a relação sexual)

A disfunção sexual na mulher é capaz de influenciar a saúde física e mental e pode ser afetada por fatores orgânicos, emocionais e sociais resultando em dificuldades pessoais e interpessoais, levando à diminuição da qualidade de vida. Dentre os transtornos sexuais femininos, não é rara a queixa de vaginismo e dispareunia (dor durante a relação sexual). A disfunção sexual. O transtorno de qualquer uma das fases da resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo e resolução) pode acarretar o surgimento de disfunções sexuais.

 

Vaginismo

O vaginismo que é uma síndrome psicossomática bem caracterizada, em que ocorre uma contratura involuntária dos músculos perineais a qual impede, total ou parcialmente, a penetração na vagina, impossibilitando o coito. É um reflexo involuntário precipitado por tentativas reais ou imaginárias de penetração vaginal Esta condição resulta da associação da atividade sexual com dor e medo. A contração ocorre nos músculos perineais e elevador do ânus e sua intensidade pode variar de ligeira, tolerando algum tipo de penetração, a grave, impossibilitando-a. Pode levar a repercussões de contração dos músculos do assoalho pélvico e adutores da coxa, impedindo a relação sexual.

 

Dispareunia

A dispareunia é a dor genital que ocorre antes, durante ou após o coito, na ausência de vaginismo. A repetição da dor durante o coito pode causar angús­tia marcante, ansiedade e dificuldades interpessoais, levando a paciente à antecipação de uma experiência sexual negativa e, por fim, a evitar o sexo. Pode ser dividida em superficial (dor no intróito vaginal), profunda (dor com penetração profunda) e intermediária (dor no conduto médio da vagina).

 

Anorgasmia Secundária

Segundo pesquisas realizadas pelo instituto Kaplan, Centro de Estudos da Sexualidade
Humana de São Paulo, a cada 100 mulheres que procuram tratamento, 70 reclamam que não conseguem atingir o orgasmo. A anorgasmia acontece na medida em que há uma incapacidade da mulher em obter orgasmo no ato sexual

Essa disfunção pode ser causada por fatores psicológicos ou fraqueza da musculatura do assoalho pélvico As mulheres podem desenvolvê-la em função de diversos problemas: de relacionamento, depressão, abuso de drogas, medicamentos de prescrição, doenças crônicas, deficiência estrogênica ou distúrbios neurológicos (esclerose múltipla, neuropatia alcoólica, mielites, neuropatia diabética do clitóris), lesões cirúrgicas e traumatismos (linfadenectomia retroperineal, paraplegia, transtornos endócrinos e metabólicos (deficiência tireoideana, enfermidades das supra-renais, transtornos hipofisários).
a fisioterapia aplicada a anorgasmia secundária surge como uma nova opção de tratamento que poderá minimizar a disfunção entre as mulheres.Buscando um novo equilíbrio entre corpo e mente, há grandes probabilidades do tratamento fisioterapêutico tornar-se benéfico. Entretanto, mais importante do que aplicar corretamente determinado protocolo de tratamento, é que o fisioterapeuta conheça as técnicas de tratamento a serem utilizadas, assim como os métodos de avaliação, para que desta forma possa adaptá-las a cada paciente.

A abordagem fisioterapêutica nesse caso pode inserir técnicas simples e de baixo custo como a cinesioterapia, através de exercícios perineais, na tentativa de otimizar a vida sexual dessas mulheres que enfrentam dificuldades para alcançar o orgasmo. O intuito maior é, no entanto, proporcionar uma vida sexual saudável às mulheres que é meta de qualquer profissional da saúde engajado nessa área.

 

Incontinência urinária feminina

 

Até 1998, a Incontinência era apenas um sintoma. Após esse ano, passou a ser considerada como doença, pela Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) define o termo Incontinência urinária (IU) como sendo toda perda involuntária de urina, sendo um problema social e de higiene.

A IU é uma condição que afeta a população mundial, principalmente a feminina
As mulheres são mais afetadas que os homens por problemas urinários. Essa desigualdade na IU é parcialmente explicada pelos impactos fisiológicos devido à gravidez, parto e menopausa.

A incontinência é ainda sub-diagnosticada, e tratada como uma condição, tem um forte impacto negativo na qualidade de vida, podendo até limitar as possibilidades de tomar parte nas atividades diárias da sociedade. É também um desafio para os prestadores de cuidados, tanto em casas de repouso e no ambiente doméstico.

Os tipos de Incontinência Urinária que diferem tanto em sintomas como na proposta de tratamentos:

  • Incontinência Urinária de Esforço: Perda involuntária de urina aos esforços, tosse ou espirro.
  • Incontinência de Urgência: Perda urinária precedida por uma sensação urgente de urinar.
  • Incontinência Urinária Mista: Perda urinária associada a sintomas de esforço e urgência.
  • Incontinência Funcional: perda urinária por diminuição da mobilidade física.
  • Enurese: Perda urinária durante o sono.

  • Incontinência urinária de esforço – 50% dos casos
  • Incontinência urinária de urgência – 20% dos casos
  • Incontinência mista (sintomas de esforço e urgência) – 30% dos casos

Leia mais sobre os tipos de Incontinência Urinária Feminina, as causas da Incontinência Urinária Feminina e as opções de tratamento.

Incontinência fecal

O termo incontinência fecal (IF) é utilizado para englobar a perda involuntária tanto de material fecal quanto de gases, sendo marcada pela incapacidade de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal em local e tempo socialmente adequados, assim, é caracterizada pela passagem incontrolável e recorrente de material fecal.

Causa de grande desconforto e constrangimento, a incontinência fecal pode ocorrer, interferindo na qualidade de vida e no convívio social. O risco é maior em mulheres, por conta do relaxamento esfincteriano durante a gravidez, pós-parto e idade avançada, normalmente afeta mulheres após os 40 anos, mas pode ocorrer em homens com menor incidência, devido a patologias que alterem o mecanismo normal de continência.

Constipação

A constipação é defina como um retardo do esvaziamento fecal ou numa retenção anormal das fezes no intestino. A apresentação clínica é muito variável e se caracteriza pelo esforço para evacuar, fezes endurecidas ou fragmentadas, sensação de evacuação incompleta e duas ou menos evacuações por semana. A fisiopatologia envolve a interação de múltiplos fatores: dieta pobre em fibras, hábitos sedentários, comportamento de retenção fecal, distúrbio da motilidade intestinal e predisposição genética.

A constipação intestinal é um problema mais comum do que parece. Nos Estados Unidos, atinge cerca de 27% da população, gerando mais de 2 milhões de consultas por ano e, embora seja mais comum em mulheres, pode atingir os homens também. O diagnóstico da constipação intestinal é muito difícil porque, na maioria das vezes, o intestino preso é um sintoma de outro problema e, quando não há outra doença, a avaliação do médico depende do que a paciente considera como “normal”.

Anismo

O anismo ou contração paradoxal dos músculos puborretais manifesta-se por vontade de evacuar, sem capacidade de exonerar o conteúdo retal, por mais esforço que se faça. É de causa desconhecida, acomete homens e mulheres, é uma síndrome de instalação lenta e gradativa, geralmente acompanhada de constipação.

Tratamento Fisioterapêutico:

  • Eletroestimulação
  • Cinesioterapia
  • Biofeedback
  • Balonete
  • Terapia comportamental

A reeducação do treinamento da coordenação através do biofeedback estimula a normalização dos valores pressóricos intraretais e das contrações do assoalho pélvico. É um método não invasivo para o tratamento conservador da incontinência fecal e anismo a fim de reeducar as funções reto anais.

 

Disfunção miccional na infância

A maioria dos problemas miccionais ocorre entre o treinamento de toalete e a puberdade. A disfunção miccional é definida como um padrão miccional anormal para a idade da criança, não sendo usualmente reconhecida antes da aquisição do controle urinário diurno.

Na criança anatômica e neurologicamente normal, a disfunção miccional geralmente é causada por persistência de uma bexiga instável, sendo importante fator de risco para infecções recorrentes do trato urinário e piora do refluxo vésico – ureteral, favorecendo o aparecimento de cicatrizes renais e podendo, posteriormente, causar dano renal.

Os sintomas mais frequentes são perda involuntária de urina durante o dia e/ou noite, infeccções urinárias de repetição, urgência miccional, redução ou aumento anormal da frequência urinária comumente associada a constipação, manobras de contenção, baixa auto-estima e isolamento social.

 

Enurese

A Sociedade Internacional de Continência em Crianças (SICC) define enurese como uma micção normal que ocorre em local ou hora inaceitáveis socialmente. Esta é classificada como noturna quando a micção involuntária ocorre durante o sono. A Associação Psiquiátrica Americana define como enurético aquele que se molha com 5 anos ou mais.

A enurese noturna condiciona a criança a uma situação de constrangimento, a partir do momento em que ela percebe que não deveria mais fazer xixi na cama, comprometendo de forma significativa a sua auto-estima, prejudicando o desenvolvimento adequado, da personalidade da mesma.

A fisioterapia pélvica utilizada é mais moderna, sem constranger ou impedir os movimentos dos pequenos. O tratamento fisioterapêutico nestas situações constitui-se em uma tentativa de reverter a situação. Em quadros específicos, alia-se a fisioterapia ao uso de medicamentos, o que é eficaz.

Tratamento Fisioterapêutico:

O tratamento fisioterapêutico destas crianças é realizado por técnicas não invasivas através do biofeedback eletromiográfico, da eletroestimulação parassacral de superfície e terapia comportamental. Essas técnicas não promoverem efeitos colaterais nas crianças.

 

Referências

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8. OLIVEIRA, C.O.; LEMGRUBER. I. Tratado de Ginecologia. 1° ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.
9. BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia. 4 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2007.
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2017-10-08T00:09:03+00:0005/10/2017|Fisioterapia Pélvica|